Suspeito de abusar sexualmente de mulher com deficiência intelectual é preso em Belém; outras vítimas surgem

Polícia

A Polícia Civil do Pará deu um passo decisivo na apuração de um grave caso de violência sexual contra uma mulher com deficiência intelectual, em Belém. Na manhã desta segunda-feira (16), agentes da Delegacia de Proteção à Pessoa com Deficiência (DPPcD) cumpriram mandado de prisão preventiva contra um homem suspeito de abusar da vítima no bairro do Tapanã.

Segundo as investigações, os abusos não são recentes. Em depoimento à polícia, a vítima — uma mulher adulta com diagnóstico de retardo mental — relatou que os crimes vinham ocorrendo desde a infância. A situação se agravou em abril deste ano, quando o suspeito foi flagrado cometendo um ato libidinoso com ela, levando os familiares a retirá-la do local onde ambos conviviam e a buscar medidas protetivas.

Mesmo afastado fisicamente, o homem insistia em manter contato com a vítima e também com o filho dela, comportamento que aumentou a preocupação da família e reforçou a necessidade de sua prisão.

Mais denúncias ampliam gravidade do caso

Durante o andamento do inquérito, a investigação ganhou contornos ainda mais preocupantes. A irmã mais velha da vítima também procurou a delegacia e denunciou ter sido abusada pelo mesmo homem na infância. Em seu depoimento, ela revelou ainda ter presenciado o suspeito mantendo relações sexuais com outra mulher adulta com deficiência intelectual, o que aponta para um possível padrão de comportamento predatório.

Após a prisão, o acusado foi encaminhado ao sistema penitenciário e segue custodiado à disposição da Justiça. A Polícia Civil não descarta o surgimento de novos relatos e continua apurando outras possíveis vítimas.

A Delegacia de Proteção à Pessoa com Deficiência reforça que denúncias podem ser feitas de forma anônima e segura pelo Disque-Denúncia 181. O sigilo é garantido.

O caso traz à tona a vulnerabilidade de pessoas com deficiência intelectual diante de abusadores e ressalta a importância de uma rede de proteção ativa e vigilante. As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes e responsabilizar os envolvidos.